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Prosperidade que Nasce do Diálogo: Não Violência como Alicerce da Soberania

Publicada em: 30/01/2025 07:38 - Politica e Economia

Hoje, 30 de janeiro de 2025, celebramos o Dia da Não Violência, uma data que nos convida a refletir sobre os caminhos que escolhemos para construir sociedades prósperas e soberanas. Em um mundo marcado por discursos de ódio, polarização política e a banalização da violência, é urgente desconstruir a ideia de que a força bruta, a exclusão e o fanatismo são fundamentos sólidos para o progresso de uma nação. A verdadeira prosperidade não nasce da destruição, mas da capacidade de dialogar, incluir e respeitar a diversidade.

A violência contra os imigrantes, por exemplo, é um sintoma de uma sociedade que perdeu de vista sua própria humanidade. Imigrantes não são invasores; são seres humanos em busca de dignidade, fugindo de guerras, miséria ou perseguições. Ao fechar as portas e erguer muros, não apenas negamos a eles o direito à vida, mas também empobrecemos nossa própria cultura, que se alimenta do intercâmbio de ideias, tradições e sonhos. Um país que se diz soberano, mas que nega a solidariedade, é um país que abdica de sua própria essência moral.

O aumento dos clubes de tiro e a facilidade ao acesso às armas são fenômenos que refletem uma cultura do medo. Acredita-se, erroneamente, que a segurança reside no poder de destruir o outro. No entanto, a história nos mostra que sociedades armadas até os dentes são sociedades frágeis, onde a violência se torna um ciclo interminável. A verdadeira segurança nasce da confiança mútua, da justiça social e da capacidade de resolver conflitos por meio do diálogo, não da intimidação.

A destruição de prédios públicos, muitas vezes justificada por discursos fanáticos, é um ato que vai além do vandalismo: é a negação do espaço comum, do bem coletivo. Quando destruímos o que é de todos, destruímos a nós mesmos. A política não pode ser um campo de batalha onde o ódio prevalece sobre o debate. A democracia exige respeito às instituições, mesmo quando discordamos delas, pois são essas instituições que garantem a coexistência pacífica em meio às diferenças.

Os Estados Unidos e o Brasil, duas nações marcadas por discursos de ódio e violência nos últimos anos, são exemplos claros de como a polarização e a intolerância corroem os alicerces de uma sociedade. A violência política não é um sinal de força, mas de fraqueza. Ela revela a incapacidade de lidar com as complexidades do mundo real, onde as soluções raramente são simples ou unilaterais. A verdadeira força está na capacidade de ouvir, de compreender, de construir pontes onde outros só veem abismos.

Neste Dia da Não Violência, é preciso reafirmar que a prosperidade e a soberania de um país não se medem pelo número de armas que seus cidadãos possuem, nem pela exclusão daqueles que são diferentes. Medem-se pela capacidade de garantir direitos, de promover a justiça social e de cultivar a empatia. A não violência não é uma utopia; é uma escolha consciente, um compromisso com a vida e com o futuro.

Que possamos, hoje e sempre, optar pelo caminho do diálogo, da inclusão e do respeito. Pois só assim seremos verdadeiramente prósperos e soberanos.

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